sábado, 27 de março de 2010

CARINHO DA POETISA // ALENTO AO TROVADOR

Gil de Olive e Cleide

Nessa noite calma e escura,
Sem o luar, e tão chuvosa,
É minha noite da amargura
Por isso, está tão silenciosa...

Nem assim, não será grandiosa
À noite, que traz na partitura
A melodia da chuva, mui preciosa
Podendo elevar a alma às alturas.

Os pingos, da chuva que cai,
Que umedecem meu violão,
Mesmo assim, saindo vai,
As vagas notas, na solidão...

E goteja nota a nota, em confissão
Ampara uma lágrima que se esvai
Nesses acordes, do solitário violão
Toda uma amargura, do coração sai.

Está sem voz o trovador,
Por isso hoje, não tem canção,
Sentindo a saudade de um amor,
Fica em luto, meu coração...

Chuva e lágrimas em uma só oração
Emudecem o trovador agora em dor
A saudade que pesa, é a escravidão
Que não apaga felizes dias de amor.

Em silêncio, a me perguntar,
De que, minha alma precisa,
Queria a luz do seu olhar
Queria o carinho, da poetisa...

D'um olhar poesia, à chuva profetiza
E silenciosa, sem mesmo o lindo luar
A poetisa, entre dor e amor faz divisa
Cedendo os versos, só pra lhe alegrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário