Nada mais sou
Que rio reinventando curvas
Céu expurgando lágrimas profundas
Vento afrontando a mão do destino
Ruído quebrando o silêncio do mundo.
Nada mais sou
Que versos-sonho andarilhos
Preenchendo da alma fissuras
Completando do corpo as lacunas
Com o amor de poesia pura.
Cleide Yamamoto
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TAMBÉM NADA SOU
Se não o rio do elo perdido.
Retilíneo pelo tempo decorrido.
As margens da história o menino e a eterna história.
O céu derretido em lágrimas.
Muda! O rumo do rio meu dilúvio.
Nada mais sou
Sou quem, nas veredas da vida
Navega escuna na adversidade.
Velejo nos triângulos paixão, solidão e felicidade.
Do versejar poesia e lisura do que dizes amor e poesia pura.
Rs t
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A TUA LUZ
Quem põe asas nos sentimentos
E voa com eles tão alto,
Tão sem destino, não pode não ser nada,
Porque és o desencontro
Que umedece as palavras torcidas
Que mata essa sede de sentir,
De amar e de viver.
Teu destino está preso a um céu escuro
Que tenta em vão esconder a tua luz.
Célio Govedice