sábado, 29 de maio de 2010

CORAÇÃO EM ESPERA // ESPERANÇA IMPERA


MARISAES e CLEIDE

Palavra que não exprimo,
Verso só, que nem rimo

Desejo que não me reluz
Prazeres que não me seduz

São tardes e noites vazias…
Sem encanto, sem aroma de poesia

Esperançosa e infeliz…
E da solidão uma aprendiz

Aguardando um leve toque,
Que intensamente me provoque

Sinais de qualquer emoção
Que seja mais forte que a razão

Alguma coisa bonita,
Que se torne infinita

Que mexa com meu coração…
E reascenda em mim, a paixão.



quinta-feira, 20 de maio de 2010

O AMOR QUE INVENTO // REINVENTO...

EDIL FRANCI e CLEIDE


O amor que invento
É feito de brisa e de vento
Tem a força do furacão
Não busca o arrependimento
Não balbucia lástimas e lamentos
Pois é forjado no fogo da paixão.


O amor que inventas
A minha poesia reinventa
Acolhendo toda tua emoção
Que de beleza não se ausenta
E em nós dois fundamenta
A mais verdadeira inspiração.

O amor que invento
Tem o concreto pensamento
Que teima em voar pelos espaços
Acende seu lume no firmamento
É lenitivo, profilático ungüento
Que reconstrói meus pedaços.


O amor que inventas
Aos meus versos acrescenta
A liberdade, de em céu azul voar
Com a alma nua e de amor sedenta
Reconstruir um horizonte magenta
Para o poema renascido, pousar.

O amor que invento
Tem mais que simples sentimento
É caminho que não tem fim
É feito de um eterno momento
Da fonte que sacia o coração sedento
E que jorra límpido de dentro de mim.

O amor que inventas
Com leveza, a mim se apresenta
Em forma de páginas infindas...
Como folhas de brisa, que venta
Um sentir do coração, que reinventa
As linhas duma poesia, por vir ainda.


terça-feira, 18 de maio de 2010

A UM ALGUÉM ESPECIAL...


Os seus olhos me fitaram...
E no silêncio de um sorriso
Ele me trouxe de volta o siso
Nos lábios que se abriram...

Eu lembro que pouco falei
Mas... Muito, ele me ouvia
Leu a minh'alma em poesia
E ao seu verso eu me calei...

Então tomou a minha mão
E me mostrou a lua no céu
Fez das suas rimas, um véu
Aquietando o meu coração.

A sua voz, então me pediu...
Seque agora esse seu pranto
De lágrimas não é este manto
Que a poesia, em nós cerziu...


Dedicatória feita, em dezembro de 2006
Ao amigo e poeta – Corcel Negro.



VERSOS SOLTOS / POR VÉUS ENVOLTOS


HELENA SERENA e CLEIDE

Na minha alma
Em branca palma

Presa a você
E tão a mercê

Palavras...
Lavas...

Emoção...
Introspecção...

Vontade de viver
De realmente ser

Versos presos
Coesos, indefesos

A inspiração não vem
Se ausenta e nem...

Minha alma se solta
Numa luz envolta

E traz a poesia de volta
Por aura em escolta

E eu renasço em versos
Estrela no universo

E me refaço
Em finos traços

Refazendo meu eu
Espaço tão meu

Me redescubro
Assumo azul e rubro

Em versos
De tons diversos

Em prosa
De essência, rosas

Em poesia
De mágica grafia.


http://recantodasletras.uol.com.br/duetos/1004792


sexta-feira, 14 de maio de 2010

SÓ VOCÊ, POESIA!


ANGELA CONDE e CLEIDE

Nas minhas horas de angústia
É só você quem me alenta
Abraça as minhas tristezas
As sombras da alma afugenta.

Faça sol ou faça chuva
Sendo noite... Sendo dia...
O teu véu não deixa turva
A inspiração que se inicia.

Entendendo o meu lamento
Absorve o meu sofrimento
Partilha comigo as dores
Diminuindo os meus rancores

Desvendando os segredos
Desta alma entristecida
Revelas sem nenhum medo
Pedaços da minha vida.

Não sei o que seria de mim
Se não a tivesse encontrado
Tornando-me menos ruim.

E só tu, a mim, já basta!
Porque preenches o vazio
Guardando-me sempre casta.

Por isso, poesia, agradeço
Por ter dado a minha vida
Um delicioso tempero.

Poesia, com teu mel e sais
Adoças e perfumas o caminho
Revestindo-me de teus cristais.



terça-feira, 11 de maio de 2010

SE O PASSADO REGRESSASSE

BEIJA-FLOR e CLEIDE

Sorvendo restos na memória da saudade
Trespassa o tempo, deste tempo em que não mando
Proscrito dum amor que não comando
Força maior rasgando a estria pela metade.

 
São cacos que se juntam em um vitral
Colorindo o espaço sideral dum amor que vai caindo
Vagaroso e silencioso, como chuva de cristal
De versos saudade pelo tempo esvaindo.

Reencontrei-me em ti noite tardia
Roleta russa no meu livro das apostas
Respirei-te no olhar, cheiro a poesia
Ou talvez um mar de verdes ramos nas encostas.

Encontros de noites frias e lindos dias
Linhas retas e incertas, mapeando margens
Antes páginas vazias, num eclipse de poesia
Explodem cores no preto e branco das imagens.

Em ti bailava o vento, o vento antigo
Que me deste nesse canto da cítara
Não comento, mas o trago no meu trigo
Que plantei por seres em mim uma ceara.

Brisa fresca amansando idas tempestades
Sementes vivas pelas manhãs, orvalhadas
Levadas pela voz do vento, como saudades
Dourando tempo de amor, na alma cravada.

Chegaste neste tempo que me escorre
Num suspiro que parece derradeiro
Amor assim antigo, nunca morre,
Nunca morre amor que em nós foi o primeiro.

Não havendo morte, ao que é eterno...
Guarda o sopro que soprando refrigera
O que primeiro foi, único, puro e terno
São hoje memórias, pautando uma quimera.

Ainda é tempo de selar novas alianças
Nesta força lá do fundo das entranhas
E o ontem do passado de crianças
Pode agora libertar-se das algemas.

Se existe tempo, que ele seja generoso
Trançando o passado a esse presente
Sê livre, sem a quebra do elo amoroso
Dando-se em novo, do novo que se sente.

11/05/2010



quarta-feira, 5 de maio de 2010

* ESTRELA DE BRILHO ETERNO


Vinda do céu ouve-se uma enorme explosão
Fragmentos se perdem no espaço sideral
Feito cometas em raios de luzes espalham
Deixando rastros elétricos e língua de fogo.

Feito fadário cadente abrolha uma estrela
Brilhante como um dos anéis de Saturno
Um brilho áureo de doce e delicada beleza
Soprando suave como brisa de outono cinza.

Insano como meus versos são minhas rimas
Errôneas são minhas palavras ao escrever-te
Poemas que jamais um rumo certo seguirá
Versos em contrario do universo que seguiras.

Como fadários cadentes vagam confusos
A missiva e expressão desta epopéia sem fim
Em viagem pelas estrelas um dia te acharei
Escrito dentro de uma nova seu nome lerei.

Em gritos estéreis ao mundo então clamarei
Assim todas as explosões no céu acalmarão
Em versos de sinônimos teu nome guardarei
Direi que foste e será uma estrela a me guiar.

És! Musa perene musa, na aflição, alegria e dor
És! Anjo que guia meu caminho e meus passos
És! Estrela radiante de um mundo infinito
És! Amiga, poetisa, mestra, de infindável amor.

Por: CORCEL NEGRO
26/04/2010


Querido poeta, Corcel Negro
Você que foi e é o maior incentivador dos meus versos
Ao dar-me esse magistral presente me devolve
da inspiração a mágica harmonia
Traz de volta a luz de Estrela
Que já perdia seu brilho nos céus da poesia.

Agradecida, meu amado amigo
Muso e poeta, Alex
Por todo esse seu carinho.
Você é e sempre será especial
Na minha poesia e no meu coração.


terça-feira, 4 de maio de 2010

UMA NOVA ESTRELA


No céu surge uma nova estrela
Seu brilho eu vejo ao longe
A mim ela se destaca
É a minha estrela, de nome Maria.
Aqui na Terra já viveu um dia...
Entre nós já andou
Em estrela se transformou
A brilhar no infinito céu.
Enquanto aqui ela estava
Com amor a minha vida gerou
Tudo que sabia me ensinou
O seu grande amor me doou.
Muito aqui sofreu
Antes da sua triste partida
Deixando a mim e a muitos
Que a conheceram
Uma infinda saudade
E lágrimas em minha face.
Hoje ao sentir a sua falta
No céu eu a procuro
Num calmo e lindo sorriso
Entre as estrelas, eu a encontro
Com todo o seu brilho.
Aqui posso sentir a sua presença
E lá do alto iluminando meu caminho.
Aqui ela foi minha amada mãe Maria
E hoje lá no céu...
É minha cintilante estrela guia.

*A você, minha mãe, que agora brilha como estrela no céu,
a minha grande e eterna saudade.

Maria Aparecida Alves da Cunha Bernal
Viveu entre nós de 01/09/1932 à 17/01/2003
Causa morte - mal de Alzheimer.

08/05/2003



TORRE DA ESPERANÇA


De concreto, branca, ali está ela
Destaca-se do que há em sua volta.
Árvores frondosas a cercam...
Corpos entram e saem dela.
Semblantes de dor... Semblantes de paz
Do alto observo...
Pingos de gente, crianças que choram
Mulher de andar elegante, homem apressado
Um trabalhador no telhado, ônibus lotado.
Andam com pressa, não notam a grande torre
Torre que abriga os que sofrem.
Escondido pelo concreto, sentimentos!
Janelas meio abertas... Portas trancadas.
Grades à volta, interrompendo sonhos
Presos na eternidade.
Nada se vê tudo tão fechado...
Vidas nascem e partem.
Vida abundante... Corações amargurados.
Sonhos criados... Sonhos desfeitos
A noite é um silêncio tão presente.
O Sol que ilumina, não entra nos quartos
Onde sorrisos tímidos são guardados
Pelas lágrimas que escorrem solitárias na face.
Caminhos que surgem trazendo esperança...
Caminho interrompido, sem ter mais volta.
Esperança que resta... Indagações sem respostas.
Reflexões num tempo, um tempo de espera
Almas em corpos... Corpos sem almas
Alma e corpo no mundo de agora
Milagres na fé... Orações ouvidas
Vida chegando com um choro
Adeus sem um gesto, partida solitária
Gente que nasce... Gente que parte
Sorrisos que surgem... Lágrimas que marcam.
Dor... Alegria... Solidariedade...
Vividos e compartilhados
Dentro da grande Torre, chamada;
De Santa Casa.


*Homenagem feita no ano de 2003
onde passei longos e tristes dias ao lado de minha mãe
até a sua partida e pude vivenciar as dores de muitos
as alegrias de vidas surgindo e por essa Casa sendo acolhidos.