quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

NA VIRADA...




Eu na areia sob céu nublado
A lua espaçava sua aparição
Em meio aquela aglomeração
O som do mar a me marulhar.
Os fogos anunciavam a virada
E a alma despia um ano solidão
Com branco vestindo meu corpo
Descalçando os pés sobre a água
Pôs os meus pensamentos soltos!
A meia noite, os risos e abraços...
Champanhe e taças a brindar...
A alegria, em poder comemorar
Com parte da família em enlaço.
E a saudade de amados distantes
Fez silêncio de breve mensagem.
Frente ao mar e a um forte vento
Meu coração orou por vidas e paz
E sobre as leves ondas, deixei a ti
Num gesto de amor, o meu beijo...
Intenso instante, em que eu senti
Você bem próximo
 Você em mim!


Janeiro de 2010



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

VELHO INDO... NOVO VINDO!




“ANO VELHO”

Estou agora indo
Viverei no passado
Termina o meu legado
Estou depressa partindo.

Dei-vos o bom e o ruim
O bom para ver sua alegria
O ruim como lição ao seu dia
Fui escolha livre do não e sim.

Distribui a muitos o amor
De alguns, triste, eu o tomei
Não me pergunte por que dei
E nem por que fiz do amor, dor.

O destino de todos está escrito
Assim, cumpri o que foi imposto
Guarde-me a gosto ou contra-gosto
Com cores ou apenas em negrito.

Pois ao soar das doze badaladas
Eu terei ido para não mais voltar
Sei que estarei vivo ao me recordar
Sendo mais uma vez a dor ou a florada.

“ANO NOVO”

Eis me aqui, abra seu coração sim
Receba-me com fé, esperança e amor
Eu trago-vos muito, mas o que eu for
Dependeis mais de vós do que de mim.

Sejas generoso e sempre sorria
O bem que fizerdes, em dobro terás
O mal deixes de lado e então verás
Que posso se quiseres, ser uma poesia.

Encante esse mundo com seu canto
Promova sem cessar a verdadeira paz
Jamais permita que o amor seja fugaz
E faças de mim, um ano de louvor santo!

28/12/2006

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Este soneto eu te dedico grande poetisa Cleide.
Foi teu lindo poema que me inspirou. Feliz 2007!
Ricardo De Benedictis


Entra ano, sai ano
E não conseguimos
Fazer o que sentimos
Esquecer os desenganos.

Um ano a menos na vida
No curso dessa jornada
Trilhando na mesma estrada
Ora alegre, ora sofrida!

2006 é passado
Estamos a festejar
Aquele que é chegado.

 O futuro nos espera
Vamos confraternizar
Com um montão de quimera!



NATAL ABENÇOADO




Esse meu Natal foi abençoado
Ao meu lado, meus filhos amados
E mais nora e genros, quanta alegria!
A meia noite me pareceu uma poesia
Repleta de paz, carinhos e cores
E o amor resplandecendo em luzes.

A saudade, essa por instantes
Lembrou-me de natais distantes
E de pessoas queridas e amadas
Hoje ausentes, em eterna morada.
Mas tão presentes neste coração
Que viveram comigo essa emoção.

Ganhei no Natal, o presente maior
Meus entes amados ao meu redor
Bom me seria se todos fossem assim
Ter todos eles, bem pertinho de mim.
Pra que nos meus olhos, a felicidade
Reluzisse sem sombra d’uma saudade.

 2007


POEMA DE NATAL




A quem devo endereçar
Este poema de Natal
Que leva amor fraternal
E versos simples duma alma
Que pela vida quer só amar?

A quem eu posso dar
O meu desejo mais sincero
De um dia menino
Sem sombras de perigos
De paz angelical
Nos braços abrigo de Jesus?

A quem em agradecimento
Darei meu poema de Natal
Para que com ele se alegre
E sinta o meu carinho
Incondicional?

A quem uma luz eu enviarei
Por meio de singelos versos
Pra que nesse dia o ilumine
E seja-lhe em todos os dias
A guia Estrela de Belém?

A você darei os versos e entrelinhas,
Como prova de amizade e carinho,
De cumplicidade, ternura e amor,
Amor, que nos ensinou o menino Jesus.


25/12/2006



SAUDADE! TÃO MINHA...




Saudade tão minha, de outros natais
Quando tudo era só festa, só alegria
E a família reunida, era linda fotografia.
Saudade dos natais, que não havia ais.

Saudade da mesa sempre farta de amor
De olhos contentes e abraços generosos
Dos presentes de fitas, de gestos amorosos
Da árvore, que não deixava espaço pra dor.

Saudade da *Estrela maior, ao alto brilhando
Do *Carrinho, que veloz me enchia o coração
Da *Boneca que ao falar me cobria de emoção
Da *Corda, de cor suave e terna me abraçando.

Saudade da *Ceia, de beleza e tanto esmero
Do carinho e franco sorriso em cada prato
Do *Silencioso minuto, a espera daquele ato
De abraços à meia noite nos tomando sinceros.

Saudade dos tantos *Enfeites que moviam
Da *Paz de mensagens, com muito carinho
Da *Cesta alegria, do perfume do *Pinho
Todos eles reunidos, um Natal feliz faziam.

Neste natal, a saudade estará muito presente
Não estará ela embrulhada por fitas coloridas.
Uns tão distantes, outros, o trenó levou desta vida.
Ah! Que saudade dos natais, de amados não ausentes.

24/12/2006

CADA SÍMBOLO, UMA TÃO MINHA SAUDADE!

*ESTRELA Maior... Paulo H. Yamamoto (esposo) (in memorian)
*Carrinho... Claudio Yuso Yamamoto (filho) (Japão)
*Boneca... Paula Yume Yamamoto (filha) (Japão)
*Corda... Patricia Yuri Yamamoto Oliveira (filha) (Japão)
*Ceia... Maria A. A. C. Bernal (mãe) (in memorian)
*Silencioso... Antonio Bernal (pai) (in memorian)
*Enfeites... Rose e Vini (amiga-irmã e filho) (em outro estado)
*Paz... Leandro (filho adotivo de coração) (em outro estado)
*Cesta... Elizabeth Avalos Yamamoto (nora) (Japão)
*Pinho... Aleksandro Soares de Oliveira (genro) (Japão)



SEM VOCÊ, MEU PAI...




Hoje é Natal!
Famílias comemoram
Reunidas à volta duma árvore
Festejando com alegria
Trocando abraços e presentes
Em grande harmonia.

Hoje é Natal!
Dia que nasceu o menino Jesus
Mas eu não posso sorrir...
Nem abraçá-lo, nem te dar presentes
Não posso comemorar contigo
Meu pai querido.

Hoje é Natal!
E hoje, você meu pai nos deixou
Sei que estavas cansado
Não mais podia ser adiado
O dia da tua partida...
Mas sentirei tanto a tua falta.

Hoje é Natal!
E eu te levei até a tua última morada
Foi triste a nossa despedida
Não estará mais a cabeceira da mesa
Nem mais estará ao lado da árvore
Sentirei uma saudade infinda.

Hoje é Natal!
E meu presente a ti
Foi um beijo de adeus
Tantas lágrimas sentidas
Com meu coração partido.
Sem ti, meu pai querido...
Tristes serão todos os Natais...


25/12/2004

* Obrigada meu pai, meu companheiro, meu amigo,
Seja feliz onde estiver, tenha a paz merecida,
Em meu coração o guardarei com todo amor.

Antonio Bernal, viveu entre nós
 de 09/02/1924 à 25/12/2004.



A NOITE DA SAUDADE!




Toalha rendada
Cobrindo a grande mesa

Castiçais com velas acesas
Copos de cristais, a especial porcelana...
Tudo bem arrumado, com todo cuidado.

Á volta dessa mesa algumas cadeiras vagas

Duas delas não mais serão ocupadas
(a da minha mãe e do meu esposo)

Nesta noite, toma assento a saudade...
Ali estarão vazias para sempre
Mas por nós serão sempre lembradas.
Recordo a imagem de grande festa
Quando todas as cadeiras eram ocupadas
Os sorrisos eram fartos...
Os abraços eram apertados.
Hoje, nesta noite, fazem muita falta...
Existem mais cadeiras vazias
Mas essas voltarão a serem ocupadas
Estão muito distantes de casa
Mas nunca do meu coração.
E na volta...
Trarão na bagagem a minha felicidade

Não verei mais esta grande mesa tão vazia
E o meu coração não sentirá tanta saudade!


24/12/2003