sábado, 24 de julho de 2010

OS BRAÇOS DA POESIA...


DELEY e CLEIDE

Se eu não fosse poeta,
Eu nada seria,
Minha vida não seria completa,
Faltaria a poesia.

No céu a menos teria
Uma luz que interpreta
A verdadeira poesia
Com rimas ricas e seletas.

Se eu não fosse poeta,
Eu não sobreviveria,
O alvo não atingiria a seta,
E eu me perderia.

E que triste seria
Os versos sem profeta
Que de encanto e alegria
Faz a vida mais completa.


Se eu não fosse poeta,
A porta fechada estaria,
As asas não estariam abertas,
Meu sonho não voaria.

Ainda bem que tens poesia
Nessas veias de poeta
Pra voar em plena harmonia
Trazendo-nos ela esteta.

Se eu não fosse poeta,
Nublados seriam os meus dias,
As noites seriam discretas,
O lampejo de loucura não fluiria.

E muito se perderia
Sem seus versos, como meta
Ganha mais viço nosso dia
E a noite, sua poesia aquieta.

Se eu não fosse poeta,
O vazio me envolveria,
A minha canção seria incerta,
O caminho eu não seguiria.

Se não fosses, o que seria
Das almas de dor repleta?
És tu, com a sua poesia
Que esperança traz em reta.

Como eu sou grato por ser poeta!
O Criador bem que sabia;
A minha origem só seria certa,
Se fosse nos braços da poesia.

Bendito os braços da poesia
E a luz que te acolhe dileta
Pois nos deixa em sintonia
Com o maior de todos os poetas.


terça-feira, 13 de julho de 2010

A ESTRELA E O CORCEL

CORCEL NEGRO e CLEIDE

Vi uma estrela tão alta
Vi uma estrela tão fria
Vi minha vida vazia
Era uma estrela tão alta
Era uma estrela tão fria
Era uma estrela sozinha.

Eu vi um Corcel de mim distante
Galopando em prados verdejantes
Solitário, tanto quanto eu me via.
Um Corcel sobre areias de ilusão
Viajante pelo mundo dos sonhos
Buscando no céu a luz da paixão.

Luzindo no fim do dia
Por que de sua distancia?
Para minha companhia
Não baixava aquela estrela
Por que tão alto luzia?

O que o destino nos reservava
Na distância que nos separava?
Senti nossos olhares se tocarem
Mas como fundir o céu e a terra
E não ser o amor um sonho alado?


E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do dia.

Meu coração foi então ouvido
E a súplica de amor respondida
Minha luz nascia esperançosa
Só pra te iluminar noite e dia…


Eu te amei no passado…
Eu te amo no presente…
Se o futuro permitir
Eu te amarei eternamente.

Amei-te em tempos idos
Amo-te mais no tempo hoje
Esse amor não será corrompido
Em mim e em ti terá eterno abrigo.


segunda-feira, 12 de julho de 2010

O MEU UNIVERSO // EM UNI-VERSO

JOSÉ RIBEIRO ZITO e CLEIDE

Quando a nuvem passa, sou mar e céu.
Quando o sol nasce sou estrela da manhã.
Quando a água corre sou a nascente do rio.
Quando tu passas sou rubra comoção.
Quando me olhas desse jeito sou teu amor.

E no passar da nuvem jogo-te meu véu
Refletindo no Sol o brilho do meu olhar
Renasço pra ti, nas águas tranqüilas do rio
Em relance rubro de flor, sou-te a imagem
Passageira do Universo repleto de calor.

Sou em tudo sendo o pouco do que sou,
E, no entanto neste pouco sou tanto
Quando nos lábios assobio um raio de sol
Que me desnuda a voz do coração.

Sou uma parte de ti, és meu tudo em amor
O pouco nada pouco, do sentimento maior...
Colhendo nos lábios, o néctar do fruto mel
Pecado divino, de corpo e alma sem temor.



segunda-feira, 5 de julho de 2010

CORAÇÃO EM ESPERA / / COMPASSO

CLEIDE e HELENA SERENA

Olho o relógio
As horas não passam

Conto as minhas horas
E também os minutos

Chego à janela
Não vejo ninguém

Vejo o tempo
Olho para o céu

Tempo... Nuvens...
Anunciam tempestade

Que não correm
É tarde... Mas eu espero

Nem me socorrem
As horas não passam

Lá fora instável
E eu insegura

Ora frio – ora ameno
Meu coração sereno

Ora sol – ora chuvoso
De esperar, se agitou

Tanto quanto
Nada mais me restou

O tempo em espera
Meu coração em compasso

Do meu coração
A esperar na janela

Que ora é manhoso
Outras vezes tinhoso, não desiste

E ora tão impetuoso
Apaixonado... Esperançoso.