DELEY e CLEIDE
Eu fiz de tudo;
Calei meu canto,
Fingi de surdo,
Sequei meu pranto.
Em templo santo
Meu verso mudo
Sem mais o manto
Foi sorte ao ludo.
Eximi o peito,
De outros sentimentos,
Fiquei sem direito
A tantos momentos.
Em isolamento
Por caminho estreito
Deixei o sofrimento
Fazer de mim seu feito.
Segui seus passos,
Fidedigno como um cão,
Perdi meus traços,
Ignorei a razão,
Na mais cega ação
À sombra do cansaço
Vaguei em anulação
Na vida aos pedaços.
A entrega foi total,
Pobre coração!
Desse erro fatal,
Restou a solidão.
Sem compaixão
Num enredo desleal
Foi certa a direção
Da solidão brutal.
Hoje sou rascunho,
De um ser a andar,
Com a dor em punho,
E desilusão no olhar.
Hoje sem amar
Da desilusão faço cunho
E o poema a espreitar
Guarda-a, em testemunho.
Eu fiz de tudo;
Calei meu canto,
Fingi de surdo,
Sequei meu pranto.
Em templo santo
Meu verso mudo
Sem mais o manto
Foi sorte ao ludo.
Eximi o peito,
De outros sentimentos,
Fiquei sem direito
A tantos momentos.
Em isolamento
Por caminho estreito
Deixei o sofrimento
Fazer de mim seu feito.
Segui seus passos,
Fidedigno como um cão,
Perdi meus traços,
Ignorei a razão,
Na mais cega ação
À sombra do cansaço
Vaguei em anulação
Na vida aos pedaços.
A entrega foi total,
Pobre coração!
Desse erro fatal,
Restou a solidão.
Sem compaixão
Num enredo desleal
Foi certa a direção
Da solidão brutal.
Hoje sou rascunho,
De um ser a andar,
Com a dor em punho,
E desilusão no olhar.
Hoje sem amar
Da desilusão faço cunho
E o poema a espreitar
Guarda-a, em testemunho.
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